terça-feira

A Noiva Que Se Vestiu de Amarelo

Desde criança nunca fui muito de acreditar nisto ou naquilo ou descartar esta ou aquela hipótese, sem ter a certeza máxima e absoluta de que tal correspondia mesmo à verdade. Prefiro conhecer todas as superstições, crenças e fés e acreditar que cada uma delas tem o seu quê de verdade, belo e inspirador. Muito à conta disto, quando fiz os exames finais de mestrado em literatura comparada tive de estudar o Alcorão, a Bíblia, o Livro de Mórmon, Bhagavhad Gita, o Tao Te Ching...  Descartar hipóteses só por causa do diz-que-sim não é, portanto, do meu feitio. Sabe-se lá... não é? No entanto, cresci a ouvir falar mal do amarelo. Que era a cor da preguiça, a cor de coisa nenhuma e a cor de não-me-apetece-mesmo-nada-gostar-dela! Resolvi então adoptá-la como minha cor preferida, junto da minha mãe e avó materna, as BAA!, Brigada das Anti-Amarelo. Fiquei a adorar os girassóis, as flores amarelas que apanhava no campo quando andava na escola primária (chamavam-nas de azedas) e a noiva que um dia esperava ver vestida de amarelo. Esta noiva, por exemplo. O cardigan em conjunto com o bouquet dão-lhe o look mais doce, romântico e primaveril à face da terra. E curiosamente, o ar decidido desta noiva parece estar a dar resposta a quem não aprove a sua escolha de cor, de estilo ou até do novo rumo que a sua vida irá tomar. Ligeira e docemente vira o rosto a quem, se pudesse, também pintaria o sol de outra cor qualquer... E eu... estou com ela nisso...
Foto: J.Woodbery Photography 

Foto: J.Woodbery Photography