quinta-feira

A Noiva de Olhar e Lingerie Bem Seguros

O dia de hoje foi um daqueles dias em que, quando chegamos a casa pensamos que a) vamos desmaiar ou b) desmaiamos e depois é que pensamos... desmaiei, foi? Bem, na verdade, nunca desmaiei na vida, mas às vezes sou um bocadinho drama queen e invento que acho-que-vou-cair-de-tanto-cansaço. Reuniões com fornecedores, trânsito em Lisboa e conversas de um taxista que contou, ao pormenor, a sua vida desde os 11 anos, é dia D, de desmaio certo. No entanto, não podia deixar de escrever algo sobre uma noiva que de tão gira, seja ela a provocar desmaios. Encontrei esta noiva, de olhar vivo, confiante e penetrante. Descobri que a foto serve de publicidade à Brayola, expert em lingerie fantástica, bem cintada ou spandex, como as americanas adoram chamar e usar... e, pensei para comigo que, um olhar destes é olhar de quem se sente bem e segura consigo mesma, ou com o que de alguma forma também a segura... (if you know what I mean). Tão segura, em todos os sentidos que não há dia D, de desmaio certo para esta noiva... nem na entrada mais comovente na igreja ou na partilha de alianças mais lacrimejada.
Foto: Brayola.com

A Noiva de Péssimo Gosto!

Por vezes, no local de trabalho, quando se sabe que a colega vai casar, imaginam-se e dizem-se muitas coisas, especialmente entre colegas que não têm muito mais que fazer. Agora imagine-se uma noiva e a sua escolha de vestido e acessórios para o grande dia e imagine-se as colegas, divertidas, a sussurar entre si a possibilidade de sucesso deste conjunto que a noiva alegre e entusiasticamente descreve: o cabelo, apanhado e de risco ao meio, terá uma bandolete de flores e aplicações em dourado ao estilo russo, brincos... bem, estão a ver aqueles anjos que costumamos ver pendurados nas árvores de natal?..., vestido... hum... penso que um modelo  rendelhado de gola redonda e repuxada... lingerie?...bem, por baixo de um vestido branco com transparências é giro um soutien preto, não vos parece? Sucesso improvável!, é o comentário secreto entre as colegas de amizade igualmente improvável. Mas, como nem sempre o que se comenta, é... chega o dia do casamento, tiram-se as fotos, vai-se de lua de mel e, quando se regressa ao trabalho eis que a surpresa se instala até às vigas e fundações mais entranhadas da empresa... a noiva de péssimo gosto afinal... ia... que horror... custa não custa?... ia bonita!...não posso... pior... alguém comentou que o gosto dela é Fashion, Trendy, Chic e mais não sei quê em línguas de romantismo que não valia mesmo a pena trazer agora p'ra empresa, quando-temos-tanto-que-fazer.... Detesta-se a noiva... mas aprende-se algo.... o bom gosto por vezes sabe a pouco... e arde na língua e nos fracos espíritos.

Foto: JouerCosmetics.com

quarta-feira

As Verdadeiras Cores De Uma Noiva

Mais do que as cores que uma noiva escolhe para a sua maquilhagem no dia do casamento, mais do que os tons, sombras e destaques que sabe que lhe ficam bem, mais do que o disfarçar de imperfeições e de tudo aquilo que deseja que não seja notado, mais do que tudo o que uma noiva possa sonhar, querer ver em si de belo e partilhá-lo com todos, mais do que tudo... aquilo que se é e que todos os presentes, noivo, amigos, familares, colegas de trabalho sabem que existe naquele rosto e forma de ser lindos e únicos, é a verdadeira cor de uma noiva, a cor da alegria, confiança e sentimento de se ser amada que traz consigo nesse dia e, que se saiba, ainda não existe paleta com esse tom à venda... 
 
Foto: Unbridaledbeauty.com
 
 
Foto: Unbridaledbeauty.com 

terça-feira

A Noiva Que Se Vestiu de Amarelo

Desde criança nunca fui muito de acreditar nisto ou naquilo ou descartar esta ou aquela hipótese, sem ter a certeza máxima e absoluta de que tal correspondia mesmo à verdade. Prefiro conhecer todas as superstições, crenças e fés e acreditar que cada uma delas tem o seu quê de verdade, belo e inspirador. Muito à conta disto, quando fiz os exames finais de mestrado em literatura comparada tive de estudar o Alcorão, a Bíblia, o Livro de Mórmon, Bhagavhad Gita, o Tao Te Ching...  Descartar hipóteses só por causa do diz-que-sim não é, portanto, do meu feitio. Sabe-se lá... não é? No entanto, cresci a ouvir falar mal do amarelo. Que era a cor da preguiça, a cor de coisa nenhuma e a cor de não-me-apetece-mesmo-nada-gostar-dela! Resolvi então adoptá-la como minha cor preferida, junto da minha mãe e avó materna, as BAA!, Brigada das Anti-Amarelo. Fiquei a adorar os girassóis, as flores amarelas que apanhava no campo quando andava na escola primária (chamavam-nas de azedas) e a noiva que um dia esperava ver vestida de amarelo. Esta noiva, por exemplo. O cardigan em conjunto com o bouquet dão-lhe o look mais doce, romântico e primaveril à face da terra. E curiosamente, o ar decidido desta noiva parece estar a dar resposta a quem não aprove a sua escolha de cor, de estilo ou até do novo rumo que a sua vida irá tomar. Ligeira e docemente vira o rosto a quem, se pudesse, também pintaria o sol de outra cor qualquer... E eu... estou com ela nisso...
Foto: J.Woodbery Photography 

Foto: J.Woodbery Photography

segunda-feira

A Noiva que Surpreendeu A Cabeleireira

Era uma vez os anos 80, sobre os quais, ultimamente e por moda, toda a gente tanto fala mas que, de facto, são anos que trazem muitas saudades a quem os viveu, sobretudo na sua juventude. E era uma vez o ano de 1983, ano em que Michael Jackson e os Police lideram o Top musical, ano em que a Microsoft lança o Word que nos ajudaria a todos (fãs do Linux excluidos) a escrever tudo e mais alguma coisa em computador e, principalmente é o ano em que duas mulheres se destacam; a primeira nos Estados Unidos, Sally Ride que a 18 de Junho de 1983 se tornou na primeira mulher Americana a ir ao espaço, a segunda em Setúbal, aqui mesmo em Portugal, Tina é como gosta que a chamem e é no ano de 1983 que, aos 18 anos, se vê noiva e se destaca, para quem a conhece e admira. Com um espírito livre e independente as pessoas mais velhas viam nela a chamada mulher-feita, pelo seu ar de bom senso, pela sua boa educação e, sobretudo pela extraordinária maturidade que mostrava ter, ainda tão nova. Sempre ouvi falar muito nela, não só por ser minha prima, mas por todas as qualidades que lhe atribuiam. No entanto, formei a minha própria opinião e desde criança que, sobretudo, via nela alguém sempre muito à frente do seu tempo. Bonita e elegante, dispensava grandes artifícios ou apetrechos para se fazer notar. Ao longo dos anos sempre soube como se vestir, pentear e maquilhar. Nascera com ela o dom de saber exactamente o que lhe ficava bem, sem dicas ou aconselhamentos de espécie alguma. Cresci a admirar isso nela. Casou com um vestido fantástico para a altura, sem os rendelhados do costume ou as típicas mangas de balão. O vestido fluia nela e ela nele. E o chapéu retro a lembrar os elegantes chapéus com véu birdcage dos anos 40, era lindíssimo! Contou-me um episódio que não posso deixar de partilhar; marcou cabeleireira e quando, o tradicional seria aparecer com a mãe, madrinha ou amigas, surpreendeu a senhora, ao aparecer sozinha, com um ar de quem ia para a praia, disse-me. Pode pentear. Vou casar daqui a pouco. A cabeleireira penteou-a, estranhou mas não entranhou, apenas penteou, desconfiada daquela rapariga que aparecia ali sozinha, com 18 anos, dizendo que ia casar daqui a pouco. E a minha prima, bem... diz que por tudo e por nada... nem sabe... nunca mais lá regressou. Seguiu em frente, os 18 anos passaram, mas... aquela frescura, aquela forma de estar, juro que continuam nela e na minha admiração.
Foto: Ludgero
 

domingo

A Noiva Magnólia

Acredito, de coração, que pouca coisa ou nada neste mundo deve ser ou acontecer por acaso. Gosto de pensar assim, sobretudo quando a única explicação que encontro para as coisas inexplicáveis é a que mais sentido me faz. As coisas são, acontecem e permanecem porque assim tinha de ser, assim lhes foi destinado. Esta tarde, quando regressava a Aires, ao entrar numa rua, olhei, por acaso, para uma certa casa. Pensei, com tristeza, que ali tinha vivido uma rapariga que, no momento em que parecia, finalmente, confirmar tudo o que sempre sonhara ter na vida, marido, filhos e felicidade, justamente nesse momento, quando menos esperava, partiu. Sem regresso. Há pouco, quando pensava sobre que noiva escreveria, encontrei, por acaso, esta foto lindíssima que tem como título Magnólia. Sorri, ao lembrar-me da rapariga, com o mesmo nome, que ainda esta tarde tinha recordado. Era conhecida por Nola, porque certamente não era nossa, mas de alguém de lá, de algures... certamente de um lugar bom, tranquilo e doce como ela o era. As pessoas nunca partem por completo, pois não? É que por acaso, parecem-me ser como as flores, como uma magnólia que ainda que um dia deixe de existir, para sempre estará presente em quem usou do seu perfume e doçura para tornar aquele dia especial, o mais feliz de sempre. E o sempre, nunca parte. É... e é.... e volta a ser....
Foto: Lene Photography
 

sábado

E Um Dia Será A Noiva Mais Bonita

Uma amiga minha, solteira, dizia-me ontem que quando soube do desafio que lancei na internet para me serem enviadas fotos e histórias de noivas, sorriu para consigo mesma e pensou que era uma pena não poder participar. Fiquei a pensar no que me disse e mais do que isso, fiquei a pensar na vida desta minha amiga que, de tão preenchida por tudo e por todos fez dela a pessoa que é; querida, gira, terna e dinâmica, amiga e maternal, inventiva, comunicativa, expansiva, de bom humor e de bom gosto. E, para além de todas estas qualidades que fazem dela extraordinária, esta minha amiga que vive bem perto da praia, mantém também o sonho de um dia acordar, dar um ligeiro e escusado jeito ao seu louro e rebelde cabelo de menina que lhe fica tão bem e vestir o primeiro vestido branco que tirar do roupeiro, cheio de roupas de estilo sempre descontraído, leve mas que, ao mesmo tempo é tão cuidado e trendy. Imagino-a a usar um vestido de praia Kelsey Genna, comprado numa das suas viagens (quero que vá à Nova Zelândia só para usá-lo. Vá lá!) e guardado para aquele tal dia-em-que-se-pega-no-vestido-que-nunca-se-usou-para-se-ser-feliz-a-dois. Depois, vejo-a a ir para a praia da terra onde ama viver e amar, AMAR de verdade e ser amada também de verdade, a partir desse mesmo dia. Ao longo da vida, terá ido muitas vezes junto ao mar e encontrado flores na areia, que é como quem diz lembranças do que de melhor lhe aconteceu na vida e que continua a preservar. No entanto, nesse dia, a minha amiga encontrará as flores sem qualquer simbologia que a ligue ao passado. Serão ali deixadas porque uma história estará ali mesmo à sua frente, pronta para começar. E, inesperadamente, alguém pegará em si ao colo, porque aquele momento e não outro anos antes será, tão simplesmente, o momento certo. Sem esperar, ficará noiva e com toda a certeza (minha e do noivo), saberemos que um dia... será a noiva mais bonita. Só por isso, vale tanto a pena esperar...

Foto: The FlowerBride

Foto: TheFlowerBride


sexta-feira

A Noiva Sem Flores Para o Bouquet

Aparentemente, o título é triste. Onde já se viu uma noiva sem flores para o seu bouquet? Animemo-nos porque a ideia é positiva e, mais uma vez, tem a ver com uma noiva que prima pela originalidade. Vejam como: à entrada da igreja ou de outro local onde a cerimónia do casamento se realize serão entregues flores aos convidados mais especiais no percurso da vida da noiva. Também seria giro que os mesmos trouxessem a flor de casa mas, para evitar esquecimentos... fica a primeira sugestão. Depois... depois é fácil e, sobretudo, bonito; quando a noiva, passo a passo caminhar para o altar, encontrará esta e outra pessoa que lhe oferecerá uma flor. A ideia é a noiva partilhar dessa experiência única e, ao chegar ao altar, já ter o seu bouquet composto e com um significado absolutamente único para si. É um bouquet certamente diferente de todos os outros, sem que tenha sido encomendado a uma florista ou oferecido somente pela madrinha. Será mágico e comovente saber que cada um dos convidados que lhe oferece uma flor é parte da sua história, do seu percurso de vida e, como tal, do seu percurso até à pessoa que ama e com quem vai casar. E, já agora... porque não oferecer ao noivo a flor para a lapela do seu casaco, a mais bonita do seu bouquet-na-hora? Fica a ideia, a facilidade da mesma e o romantismo que a envolve. E já agora... sugiro apenas uma flor por convidado-do-coração... sem o exagero que se sugere na primeira foto. Se bem que, teria a sua graça. Ainda assim, vamos mais pela segunda hipótese...

Foto: Clayton Austin
 Foto: Phuoc Nguyen 
 

quinta-feira

Goldie, a Eterna Noiva de Red Mackey

Estive hoje à conversa com alguém que me fez uma pergunta interessante: Tem algum ídolo?Respondi que nenhum em particular. Não tenho ídolos, mas pessoas que me inspiram. E nisto, falei numa pessoa que relembro constantemente por me ser muito querida e que, verdadeiramente me inspirou, pela sua serenidade e pela sua história e modo de ver as coisas pelo lado mais positivo e divertido. Goldie Mackey, minha vizinha de condomínio enquanto estudei em Purdue University, Estados Unidos. Conheci-a nos seus 90 anos, quando um dia espreitava a sua caixa do correio. A conversa foi tão boa que, a partir desse dia, sempre que ouvia a minha porta, abria a dela, e disfarçando a espera que me fazia no corredor do prédio dizia: Oh, what a coincidence! Depois, convidava-me a entrar em sua casa, a sentar-me numa poltrona com mais de 50 anos e a ouvir o relato do último jogo de basket que tinha visto (era fanática por basket), da permanente que tinha feito Oh-have-you-noticed-it?- quando mal se notava a ida ao cabeleireiro e o que eu mais gostava... as histórias que contava!, como ter apreciado cigarros e whisky até aos 80 anos, conduzido até bem perto disso e ter sido a mulher do Director de Atletismo de Purdue, Mr. Guy Mackey, a quem carinhosa e apaixonadamente chamava de My Red... pelo seu cabelo ruivo e pelo tanto que o amava. Guy Mackey morreu em 1971. Deixara em Purdue o seu nome, na famosa Mackey Arena, um fenomenal estádio de basketball e deixara na sua Goldie lembranças que tive a sorte de ouvir na primeira pessoa, como o dia do seu casamento, algures em 1929. Disse-me que começou por ser sua secretária e que Red viu nela uma pequena flor. I was a pretty little girl! - dizia-me com os olhos meio cerrados, a sorrir que nem uma menina de escola. Era tão doce como o bolo de chocolate instantâneo que fazia no forno, o qual tantas vezes não sabia se estava ligado ou desligado. Details...details...! Don't worry. Colei-lhe autocolantes com abóboras berrantes do Halloween no sítio OFF, para a minha amiga ter alguma sorte com aquele fogão e forno. Um dia, ligou-me: Celia, vem a minha casa, por favor. Acordei com a certeza que o meu Red estava a acabar o dia de trabalho e a caminho de casa. Fiz almoço para os dois e pus a mesa. De repente dei por mim a pensar que ele já não está por cá. Mas amo-o como no dia em que ficámos noivos. Fui a casa de Mrs. Goldie, dei-lhe um abraço apertado, sentindo aqueles braços e tronco magros e sensíveis que se escondiam por baixo de um vestido Lacoste azul claro que lhe dava um ar ainda mais querido e jovem e disse-lhe que estava tudo bem. Perguntei-lhe se não se sentia sozinha, uma vez que já não tinha nenhum familiar. Oh, no Celia. I am ok with funerals. They serve these BIG sandwiches... I tell you... Olhei séria para ela. Depois larguei-me a rir. Rimos as duas. Ela prosseguiu: You see... one day the heart stops and we have to go. It's life, you see...  A leveza desta senhora... pensei para comigo. Adorava tudo nela, mas esta sua leveza de espírito e a forma como encarava a vida tornar-se-iam uma inspiração para o resto da minha vida. E tal como Mrs Goldie previa, um dia o coração dela parou e dessa forma, natural, leve e doce partiu. Por cá, ficou um retrato seu, com aquele sorriro que Goldie me deixou porque disse que era uma moldura de excelente qualidade! (a foto era just a detail...). Em mim ficou aquela frase dela: amo-o como no dia em que ficámos noivos. Tenho assim a certeza que o coração de Goldie era verdadeiramente Red, de Red e para Red e, como tal, sinto-o sempre a pulsar, como o amor sincero que sei ter sentido por alguém.

Foto: Edward Steichen, Vogue
 

quarta-feira

A Noiva de São Martinho e o Príncipe-Músico

Era uma vez uma menina de 19 anos, muito bonita e doce que chegava à casa do mesmo senhorio onde eu vivia. Acompanhada pelos pais, irmã, cunhado, ursos de peluche, dezenas de almofadas cor de rosa, a Leonor vinha para ficar, estudante como eu, na então alegre e divertida cidade de Faro. Entre lágrimas partilhadas por todos que a amavam e mimavam desde que tinha vindo ao mundo e recebido o nome Leonor, esta menina despedia-se dos familiares e enfrentava dois novos desafios na vida: o primeiro viver longe de casa e da família, o segundo começar o curso de enfermagem que adorava e que imaginava ser o seu futuro. Sempre adorou pessoas e, especialmente tomar conta delas. Fá-lo com uma ternura e dedicação, como mais ninguém. Ficámos amigas e, um dia disse-lhe que achava muito engraçado o facto de conhecer um rapaz, o Pedro, estudante de Informática e músico-nas-horas-livres cuja personalidade eu achava que tinha muitas semelhanças com a dela. Achava que eram o mesmo, verdade seja dita, na forma de estar, de falarem calmamente e até de rirem com as melhores piadas do Herman Enciclopédia (a passar na altura), mas sem darem muito nas vistas. Conheceram-se numa jantarada de Jambalaya que confeccionei para um grupo de amigos-cobaias, sem perceber nada daquilo que estava a pôr na panela (salsa ao molho-frutas-carnes-e-fé-em-Deus), depois ajudei o príncipe-músico a preparar uns temas para uma serenata do melhorzinho (not!) que podia haver e, o que é certo é que, num fim de semana em que fui a casa dos pais, os meus amigos Pedro e Leonor combinaram, sorrateiramente, tomar café na antiga esplanada das Pirâmides, junto à marina de Faro. Levaram duas ou três semanas a beber café (a desculpa para o encontro foi esta) e, iniciado o namoro ficaram a saber que nem um nem outro gostava de café! Ficaram entupidos de cafeína até mais não e má disposição pós-convívio mas, ao menos, encontraram o Amor. E ainda bem que sim, porque vejo-os como um exemplo de match perfeito! Uns anos mais tarde, o quintal da irmã da Leonor serviu de cenário-à-pressão para, talvez ainda sob algum efeito da cafeína, alguém se apressar a perguntar: Então, quando casamos? A resposta foi rápida (a cafeína não perdoou a nenhum dos dois): Olha, para o ano, que tal?. Fixe!, (Imagino o Pedro a dizer isto, como o diz tantas vezes), nem mais...vamos já decidir o dia...Casaram no dia 12 de Maio de 2001, na Igreja de São Martinho de Sintra, a escassos metros do hospital onde a Leonor nasceu, sendo assim também natural da Freguesia de São Martinho de Sintra. Curiosamente, Joana, a primeira filha deste casal nasceu no dia de São Martinho. De acordo com a lenda, na véspera e no Dia de São Martinho o sol aparece e o tempo aquece. Também quando a Leonor com o seu olhar doce e enorme coração apareceu na vida do Pedro, tudo se tornou mais claro e bonito para ele e até dezenas de chávenas de café quente souberam melhor que as típicas castanhas ou a tal Jambalaya que, só Deus e São Martinho sabem como se comeu.

 

terça-feira

A Noiva Que Espera E Não Desespera

Adoro a ideia de ver uma noiva à espera do seu noivo no altar, só para quebrar a tradição mas, sobretudo, para mostrar, com grande espírito de iniciativa, coragem e certeza que ela esperou por ele toda a vida e, agora, vê-lo entrar por ali a caminhar até si é tudo o que poderia querer. Esta noiva é uma noiva jovem mas de gostos vintage, gira e um pouco tímida, mas mais porque a timidez lhe fica bem e ela sabe disso. Já vi noivas a caminhar sozinhas para o altar, mas gostava de um dia ver uma noiva à espera, bem no centro do altar, frente a meia dúzia de convidados que, comovidos e felizes olham para ela, altiva, decidida, bem resolvida e totalmente apaixonada pelo seu amor e pelo factor surpresa: Será que vem? Claro que sim, mas a dúvida... também é algo que fica sempre muito bem... nem que seja só pelo romantismo.
Foto: OhDearVintage
 

segunda-feira

A Noiva Que Casou Com A Detestável Escolha da Mãe

Hoje encontrei uma foto da Jackie Kennedy juntamente com uma frase que, ao que parece, é da sua autoria e que traduzida do ingles é algo como: A primeira vez que te casas, é por Amor, a segunda é por dinheiro e a terceira é por companheirismo. Deu-me que pensar, especialmente quando se sabe que Jackie não casou três vezes, mas duas, a primeira com Kennedy e a segunda com Onassis. Resolvi pesquisar sobre o assunto e nada mais encontrei sobre esta misteriosa frase, a sua linha de pensamento ou a razão porque Jackie a terá dito ou escrito. No entanto, encontrei algo que achei muito interessante, pois é facto concreto que o vestido de noiva de Jackie foi escolhido pela sua mãe e, pior que isto, é que Jackie o odiou com todas as letras do verbo odiar. A verdade é que a imagem de Jackie vestida de noiva fala por si e o vestido de decote em V e corte romântico foi um sucesso. A mãe afinal saiu-se bem, mas ficou-me agora a ideia que talvez Jackie tenha sido uma boa e compreensiva filha e talvez tenha casado com a sugestão de vestido da mãe porque primeiro, aceita-se a ideia de uma mãe por Amor, depois por dinheiro (é oferta) e depois porque ela é a verdadeira companheira de uma noiva. E que tem isto a ver com a frase que dizem ser da autoria de Jackie?... se calhar nada, se calhar tudo. Fiquei com o que compreendi dela, não em relação aos homens, mas em relação às mães.
Foto: Pinterest

domingo

A Noiva Que Casou Ao Estilo-Polaroid

São um dos casais mais bonitos e simpáticos do mundo e de todos os planetas (como ensinei o meu filho a chamar às coisas mais extraordinárias). Conheci a Teresa e o Tiago, ainda namorados, quando visitei a linda, romântica e liberal cidade de São Francisco. Depois de uns jogos de bowling, Coca Cola, fast food e muitas risadas só podiamos ficar amigos e, ainda que eles tenham ficado por lá a viver e já não nos vejamos há alguns anos, ficou sempre uma amizade muito bonita e cúmplice. Casámos e tivemos filhos praticamente na mesma altura e, a cada novo passo na nossa vida, partilhámos momentos, risos, dúvidas e até contracções!... Há dias, pedi à Teresa que partilhasse com as noivas e visitantes do Blog o dia do seu casamento. Disse-me que oh-foi-à-pressa, no registo civil, com duas testemunhas-à-pressão, ela num vestido cinzento e preto, ele num pólo, camisa e calças estilo-keep-calm-não-parece-mas-vou-casar. Disse-me ainda que foi algo muito descontraído e que nem dará para se notar que casaram. "Desculpa não poder ajudar.". Ainda assim, enviou-me quatro fotos, estilo Polaroid, de fraca resolução e sim, sem os típicos noivos, o típico cenário de casamento ou número de convidados. E eu... bem, eu fiquei... apaixonada pela ideia! Apaixonada por naquele dia 7 de Dezembro de 2010, dois amigos, jovens, aventureiros e visivelmente encantados um com o outro terem pegado neles e ido a um Registo qualquer casar... assim como quem não quer a coisa. Para além da foto do noivo a fazer gracinhas, ou da outra com as duas raparigas que orgulhosamente deram o seu contributo como testemunhas ou da daquela outra foto em que o bolo de noiva que havia disponível era um cupcake (muito simples!) para cada um, escolhi esta foto porque revela a maior sorte que uma noiva pode ter... a de encontrar alguém que pegue em si, a faça sua mulher porque a adora e, em foto ainda que só-para-mais-tarde-recordar segure com orgulho nos papéis do casamento e beije a sua mulher com o ar mais feliz do mundo. Oh, Teresinha, ajudaste e muito!, ao inspirares quem por aqui passar.

sábado

A Noiva Que Sabe Ser Ela Própria

Quando as noivas me pedem que as ajude a procurar as melhores sugestões de maquilhagem e cabelos, sugiro sempre dentro destas máximas: 1) primar pelo produtos de excelente qualidade, 2) contractar profissionais, 3) realçar os próprios traços do rosto 4) confiar na beleza própria, aliada à simplicidade. A título de exemplo, deixo-vos hoje a foto desta noiva, com um penteado a fazer lembrar a elegância e romantismo dos cabelos dos anos 30/40 e uma maquilhagem intemporal, pela sua simplicidade e por reforçar a beleza em si mesma. Lembrei-me agora do querido e simpático Tiago Espírito Santo, da Strazzera Lisboa que, ao longo do tempo em que trabalhei em televisão e cobria os mais diversos eventos de moda e sociedade, me maquilhou várias vezes e, inclusivé, me ensinou a fazer valer os meus melhores traços e expressões faciais, recorrendo a retoques subtis e requintados. Lições de um profissional que ficam para a vida. Na altura, ainda não sabia o que era ser noiva, mas fiquei a saber como aconselhar da melhor forma quem pretende manter e exibir, com orgulho, a sua beleza única, aquela que é só dela e de mais ninguém.
Foto: Pillearo

sexta-feira

A Noiva Que Iluminou São Valentim

Feliz dia de São Valentim!, dia dos Namorados, dos Apaixonados e dos muitos Corajosos que hoje, entre nervosismo miudinho, suor e algumas lágrimas dão o passo-gigante da sua vida, ajoelham-se, rompem calças ou voam de balão mesmo com a ventania que lá fora se faz sentir e voilá-não-quero-saber-é-hoje! pedem aquele alguém especial, em casamento. Esperei pelo dia de hoje para escrever sobre a Maria João e a sua história de São Valentim que iria mudar para sempre a sua vida. Conheço a Maria João desde os tempos de escola e, sempre que me lembro dela, o meu pensamento envolve-me em sons de riso e alegria, porque a Maria João sempre teve essa capacidade e brilho que nasceram com ela e, provavelmente só com talvez 2% da população mundial, de inspirar sorrisos e boa energia sempre que a vemos, ouvimos ou recordamos. Terá um certo Luís achado o mesmo quando, ao aperceber-se que a Maria João até iluminava e conquistava o próprio São Valentim, resolveu ir nesse dia 14 de Fevereiro de 2001 o mais rápido possível a casa dos seus pais (antes que Valentim levasse a melhor) fazer um pedido de casamento que, para além do tradicional-pedido-que-é-um-bálsamo-para-todo-o-futuro-sogro ainda foi o tal pedido romântico com que a Maria João sonhara e que a deixou ainda mais radiante! De tal forma, que o brilho transformou-se numa energia que a ajudou a preparar todo o casamento. Sete meses depois, casaram; no dia 8 de Setembro de 2001 na Igreja Matriz  de São Pedro, em Palmela. Com o seu sorriso característico, a Maria João deu vida e alma às fotos que foram tiradas no Castelo de Palmela, com a certeza que estava a viver um dos dias mais bonitos e especiais que o destino resolvera oferecer-lhe, com um largo e exclusivo sorriso.

quinta-feira

A Noiva Que Aceitou Casar Com Um Urso de Peluche

Era uma vez uma menina muito querida e sorridente que, muito antes de sonhar casar com um príncipe encantado, tinha como um dos seus maiores sonhos (imagine-se!) poder abraçar um urso. Esta menina de seu nome Miriam, cresceu, fez um mundo inteiro de amigos, estudou, tornou-se locutora de rádio (outro dos seus grandes sonhos) e, um dia... conheceu o amor da sua vida no Café Nicola, em Lisboa. Achou o Joel muito querido, amigo e ternurento, como os ursinhos de peluche de criança, mas não propriamente um ursinho. No entanto, aquilo ficou na cabeça do rapaz que pensou que tinha de fazer algo que o colocasse ao mesmo nível deste sonho-de-peluche. O tempo foi passando, namoraram, riram muito juntos e, um dia, no mesmo local onde se conheceram (e dos mais movimentados!,imaginem só o cenário...), a Miriam, que estava a tomar café com uma amiga, foi surpreendida com a entrada de um urso de peluche gigante, montado num cavalo de pau e com uma couve flor na mão. O urso já calculamos quem era... (OH-MEU-DEUS-O-RAPAZ-FEZ-MESMO-ISSO?...) o cavalo de pau simbolizava uma das músicas preferidas da Miriam, Cavaleiro Andante, do Rui Veloso! E a couve flor? Não é que o Joel enquanto namorado andava a falhar num pormenor romântico?, já que a Miriam queixava-se com alguma frequência que ele nunca lhe dava flores. Havia que remediar este pormenor. Levava-lhe uma flor, uma (couve!) flor. O mais giro é que ela fez uma sopa com ela! E com o Joel? O que fez? Bem, perante tanta gente a assistir ao pedido de casamento tão original, fazer-se figura de urso seria não aceitar casar com o cavaleiro-de-peluche-de-couve-flor-em-punho. Sim, caso contigo! Os aplausos foram tão calorosos que, certamente, já previam o dia do casamento, dia 7 de Julho de 2013, considerado o dia mais quente do ano. A cerimónia e a recepção aconteceram na Quinta das Riscas II, em Pegões e a Miriam chegou ao local, num vestido da autoria do estilista Paulos Ferreira, da Paulos Couture – Noivas D´Alma, acompanhada do seu ursinho de infância o qual levava as alianças. Acreditam que a recepção teve direito a danças com máscaras de urso partilhadas entre todos os convidados? Definitivamente, uma história com um casamento GRRRRRRRRRandiosamente original, descontraido e muito divertido.

quarta-feira

A Noiva Com Mão Para Um Pedido e Para A Cozinha!

Pedir a mão de alguém em casamento, é uma enorme responsabilidade, especialmente quando se percebe que a mão que se pede para usar um anel de brilhantes é também uma mão dada a outras paixões. Nasce assim um triste sentimento de fraca exclusividade; Afinal podia ser só minha!, pensa quem faz o pedido. Infelizmente não é assim e a mão dá-se por exemplo à paixão pela cozinha. Quando assim é, menos mau a quem pede a mão, pois sempre pode retirar dessa sua segunda paixão alegrias para o palato e para o estômago cujo perímetro, dizem, após o casamento, tende a aumentar. Ah, não deve ser bem assim!, pensa ele para com os botões da camisa justa a demarcar um peito de atleta. Continuando, a noiva que tem mão para a cozinha, logo que aceita o anel de noivado fica maravilhada com o anel e, sobretudo, com a urgência em que terá de pensar no seu bolo de casamento, no catering e em todas aquelas doçarias e iguarias que, por acaso, até é capaz de fazer ela própria, porque adora!, tem imenso jeito e lá está... tem mão para a coisa. A pensar nas noivas mais criativas e entusiastas na culinária, lanço hoje o convite para participarem no casting que o canal 24kitchen está a preparar para descobrir talentos em Portugal, de avental ou vestido de noiva. Não percam e divirtam-se ao participar. Pode bem ser que ganhem e a vossa mão receba, para além do anel e do reconhecimento pelo vosso talento, um prémio fantástico que possam partilhar no dia do vosso casamento. Uma ideia, no mínimo... deliciosa!...
Photo: Sur La Table


terça-feira

A Noiva Que Jack e A Turbulência Surpreenderam

O casamento da Elizabeth foi tão bonito e especial quanto o seu coração, os seus sonhos de menina e aqueles-outros-impensáveis que, ainda assim um dia, viu concretizarem-se. Nascida em Indianapolis, EUA, Elizabeth terminou o curso de Veterinária em Purdue University e foi tentar uma nova vida no Estado da Virginia, onde inesperadamente (não é sempre assim?) viria a conhecer o "love-of-her-life", Edwin, um piloto de aviação. Apaixonaram-se, namoraram, namoraram e... namoraram. Casaram na quente tarde de outono de 16 de Outubro de 2011, no lindíssimo e idílico jardim de rosas do Norfolk Botanical Garden, em Norfolk, Virginia. Enquanto Elizabeth caminhava em direcção ao altar, num vestido Augusta Jones, ao som de um único trompete tocando Trumpet Voluntary de Jeremiah Clark, a brisa agradável e os ternos raios de sol que pareciam brilhar só para ela traziam-lhe recordações de todos aqueles anos em que o seu maior sonho era encontrar a pessoa mais doce "the sweetest one", com quem pudesse dividir tudo na sua vida. O rapaz que muitas vezes julgou não existir, estava agora ali, a escassos metros e com um sorriso de largos kilómetros (ou milhas, na América). O quadro parecia completo, mas mesmo assim o destino tinha-a surpreendido e nunca poderia imaginar que, caminhando à sua frente, estaria um adorável menino de 15 meses a segurar uma bandeirinha a dizer “yay!” e “woo-hoo!”. E não era o menino das alianças!, mas o filho de Elizabeth e Edwin, um pequenino chamado Jack. Oito meses antes, Jack testemunhara o pedido de casamento que o pai fez enquanto pilotava o seu avião rumo à Califórnia. No banco de trás do pequeno aparelho estava a mãe envolvida em três distintas actividades: 1) tomar conta do bebé de 7 meses que lhe tentava arrancar os headphones que serviam para comunicar com o pai, 2) procurar não vomitar com os solavancos que pareciam não terminar 3) tentar encontrar uma caixa que o pai disse para ela procurar no bolso do banco de trás. "Tenta encontrar uma caneta que está dentro dessa caixa, Beth!", dizia o pai. "Que raio, achas que é hora de me pedires uma caneta? Estou com o BEBÉ, Edwin!!!!E estou quase a VOMITAR!". "Tenta Beth, procura a caixa, PLEASE!" E ela, irritadíssima, tirou do bolso do banco a tal caixa e diz que ainda hoje se sente parva por não perceber o que era. "Toma lá o raio da caixa"! "Nãooo, abre tu a caixa, Beth". E foi assim que encontrou um anel de noivado seguido das palavras que lhe chegavam pelos headphones: WILL YOU MERRY ME!?
Elizabeth caminhava em direcção ao altar lembrando-se da sua figura mas, sobretudo, que tinha a sorte de ter estes dois homens que, mesmo em terra, faziam-na sentir-se no céu... e sem enjoos!
 

sexta-feira

Noiva Rita, A Radiante

Sem dúvida que o olhar espelha muito ou, praticamente tudo! aquilo que nos vai na alma e no coração. E se há olhares que se destacam, por serem penetrantes, reveladores ou incrivelmente tímidos, também há olhos que não nos passam despercebidos por terem um brilho peculiarmente único, como os olhos de Emmy Rossum, protagonista do filme O Fantasma da Ópera e que, mais recentemente, podemos ver no papel de Fiona Gallagher na série da FOXLife No Limite. Foram os olhos grandes, brilhantes e intrigantes de Rossum que me fizeram querer encontrar uma noiva com as mesmas características ou pelo menos, parecidas. E antes que iniciasse a minha busca, talvez os astros mais atentos me tenham querido surpreender, trazendo até mim uma noiva cujo olhar espelha forças e um brilho de alma que vão muito além do comum. Chama-se Rita, nome que provém do Latim e que, veja-se a coincidência, significa Radiante. Foi com o sentido de humor que lhe é tão característico e que tão bem ajuda a disfarçar a sua timidez, que me enviou esta foto. A sua história é de um amor de almas que se juntam porque assim mesmo tinha de ser e, após meses de namoro, um pedido de casamento em casa dos futuros sogros (imaginem!), Rita e Ernesto casam a 23 de Junho de 2002, na lindíssima Igreja de Palmela. A recepção foi em Azeitão, na Quinta do Chão Duro, onde o tema Poesia predominou. E, de todos os pequenos e amorosos pormenores que a Rita partilhou comigo (vestido, sapatos, penteado, véu...) pensei que possivelmente nesse dia 23 de Junho Ernesto tenha apenas conseguido ver aqueles olhos que entravam pela igreja e que iluminavam tudo, todos e a sua própria vida, para sempre. Quanto a mim, mantenho a certeza de que há noivas-ritas (radiantes) cujo brilho e olhar dispensam qualquer adorno à sua figura.

Foto: Ludgi Fotógrafos

 

quinta-feira

O Sonho de Uma Noiva Modelo

Era uma vez uma noiva, de ar sonhador e cândido que resolveu casar em Veneza, Itália. Como se tal cenário romântico não bastasse, a noiva era tremendamente elegante, e usou um penteado que só a ela poderia ficar bem. O casamento não foi real, mas cenário montado por estúdios fotográficos. Mas a peculiaridade disto é que Sophia Leubner, a modelo, não dá a entender que está a pousar para um trabalho, mas que está realmente a viver um momento especial. Talvez a reviver o seu próprio casamento. Fui investigar e nada encontrei sobre Sophia Leubner, a não ser referências a esta sessão fotográfica. Não fiquei desapontada por não saber mais sobre si, mas feliz por poder continuar a imaginar que Sophia, em horas de trabalho, vivia o seu próprio sonho, já realizado ou por realizar. Mas um sonho de casamento só seu.
Foto: Squaresville Studios

terça-feira

A Noiva Cisne

Como qualquer mulher que tem a sua história, adoro saber que as minhas noivas gostam de partilhar comigo a história da sua vida pré-noivado, enquanto jovens que ansiavam casar ou cujo tema (casamento) nunca lhes havia passado pela cabeça. Por vezes, um simples e-mail que lhes envio perguntando se já escolheram o design dos convites ou qual a cor que preferem nos atoalhados da recepção do casamento dá origem a que me respondam e apresentem as suas escolhas tendo por base episódios que se passaram nas suas vidas. "O meu vestido terá de ser muito simples, feminino, quero-o assim porque sempre adorei ler Jane Austen, tenho uma admiração muito grande pelas mulheres da minha família e quero prestar uma homenagem a todas que me apoiaram..." por isto e por aquilo e porque se não fosse a mãe não tinha considerado namorar com o futuro marido e por aí fora. Tenho uma profissão apaixonante, porque adoro histórias, histórias de amor e histórias antes deste acontecer e cada uma das minhas noivas é a história viva de um romance de Austen, o sonho de uma Bridget Jones tornado realidade, ou o brilho e beleza que durante toda uma adolescência se julgavam nunca estar lá mas que, um dia brotam com a força do amor. De repente, a jovem tímida, insegura ou descrente no amor transforma-se, vê-se noiva e amada e para Ohhhh de todos consegue recriar no altar o glamour do Lago dos Cisnes.
Fonte: Jannie Baltzer 2013